Definições e termos utilizados Aerodinâmica: é o estudo do movimento de fluidos gasosos, relativo às suas propriedades e características, e às forças que exercem em corpos sólidos neles imersos. Aeronave: Todo manobrável capaz de se sustentar no ar, mediante reações aerodinâmicas, apto a transportar pessoas ou coisas. 3ª Lei de Newton (ação e reação) "Toda ação corresponde a uma reação de mesma intensidade em sentido oposto": Quando um corpo A exerce uma força sobre um corpo B, simultaneamente o corpo B exerce uma força sobre o corpo A de intensidade e direção igual, mas em sentido oposto. Assim, o motor empurra o ar para trás – que reage – empurrando o avião para frente; Tubo de Venturi: tubo de escoamento que possui um estreitamento. Nele é possível comprovar o: Teorema de Bernoulli: num dado escoamento, quando a velocidade aumenta, a pressão dinâmica também aumenta e a pressão estática diminui. Quando a velocidade diminui, a pressão dinâmica diminui e a pressão estática aumenta. Quando não há movimento a pressão dinâmica é zero e a pressão estática é máxima. Quanto maior for a velocidade do escoamento, maior será a pressão dinâmica e menor será a pressão estática; Força: é aquilo que pode alterar o estado de repouso ou de movimento de um corpo, ou de deformá-lo; Fluido: matéria que se encontre em estado líquido ou gasoso (não possui forma definida); Escoamento: movimento de um fluido. Dois tipos: Equação da continuidade: "quanto mais estreito for o tubo de escoamento, maior será a velocidade do fluído" Velocidade: distância / tempo (distância percorrida em determinado tempo); Massa: quantidade de matéria contida em um corpo. Não varia. Gravidade: força de atração entre massas. Na Terra, todos os corpos que possuem massa são atraídos para o seu centro a 9,8 m/seg2 aproximadamente. Peso: é a força gravitacional sofrida por um corpo (massa x graidade); Definições de Peso (para controle do CP e CG): Área: largura x comprimento; Pressão: força exercida numa área. p é a pressão, F é a força, e A é a área da pressão atmosférica; Pressão estática: pressão que o ar parado exerce sobre os corpos na atmosfera; Pressão dinâmica: pressão que o ar em movimento exerce sobre os corpos na atmosfera; Densidade: a “massa volúmica” mede o grau de concentração de massa em determinado volume. (= massa / volume) (massa por unidade de volume); Estático: parado; Dinâmico: em movimento; Atmosfera: camada de ar que circunda a Terra; Trabalho: É o produto da força pelo deslocamento; Potência: É o trabalho produzido por unidade de tempo. Potência = força X velocidade; Aceleração: É a variação da velocidade por unidade de tempo; Inércia: Tendência de corpos se manterem em inércia ou no movimento presente (se um objeto está parado, permanece parado, e se está em movimento, permanece em movimento e a sua velocidade se mantém constante); Eixo: centro de um movimento giratório (todo giro é em torno de um eixo); Ângulo: abertura entre duas linhas ou planos que se unem em um ponto; Vetor: É toda a grandeza matemática que possui intensidade direção e sentido; Direção: posição de um vetor (horizontal, vertical, diagonal, etc.) Sentido: indica de onde vem e para onde vai o vetor (é representado por uma seta); Vento relativo: É o vento aparente que sopra sobre um corpo em movimento na atmosfera, geralmente no sentido contrário ao objeto em movimento (idéia de arrasto); Arrasto: força paralela, porém contrária, ao deslocamento de um corpo resultando resistência ao avanço deste. O arrasto aumenta quando o ângulo de ataque aumenta. Existem dois tipos de arrasto: Este tipo de arrasto é mais intenso em baixas velocidades, pois o ângulo de ataque é maior nestas condições. Para minimizar tais efeitos: Grande alongamento para asas de aviões de grande rendimento; Tip-Tanks: tanques nas pontas das asas (formato cilíndrico-oval), estes dificultam a formação do fluído; Wing-Let: uma espécie de orelha nas pontas da asa (mesma função dos Tip-Tanks). Sustentação: reação útil gerada pelos aerofólios. É sempre perpendicular (90°) ao deslocamento. Depende basicamente de 5 fatores: formato do perfil da asa (flecha, reta, em delta, etc.), ângulo de ataque, densidade do ar, velocidade e área da asa. Velocidade relativa: É a velocidade de um corpo relativa a outro corpo. Pressão: Força por unidade de área; Energia: É tudo que pode realizar trabalho; Energia Cinética: É a energia contida num corpo em movimento; Energia Potencial: É a energia inerte que está contida num corpo em repouso, se tornará cinética quando entrar em movimento; Energia de pressão: É a energia acumulada em fluídos sob pressão; Superfície aerodinâmica: superfície projetada para produzir pouco arrasto; Aerofólio: superfície aerodinâmica que, além de produzir pouco arrasto, produz reações aerodinâmicas úteis ao vôo; A asa é um ~. Principais tipos de Aeronave: Componentes estruturais de uma aeronave Quantidade de planos: Monoplano 1 plano Biplano 2 planos Triplano 3 planos Quadriplano 4 planos Multiplano > 4 planos Posição da Asa em Relação à Fuselagem: Estrutura: Fixação na Fuselagem: Formatos: Posicionamento: Obs.: As asas são aerofólios biconvexos ASSIMÉTRICOS; Os estabilizadores são aerofólios biconvexos SIMÉTRICOS; Superfícies de Pouso (tipos de operação): Disposição do Trem de Pouso (posicionamento): Recolhimento (reduz o atrito com o ar): Número de lugares: Monoplace 1 lugar Biplace 2 lugares Triplace 3 lugares Quadriplace 4 lugares Multiplace > 4 lugares Estrutura: É formado por motores e hélices (quando for o caso). É usado para movimentar a aeronave em vôo e em terra (taxiamento); Tipos: Convencional (ou motor de pistão): funciona através de pistões (eixo de manivelas que transformam o movimento alternativo dos pistões em giratório e transfere-o para a hélice). Utilizado em aviões de pequeno porte. Combustível: gasolina azul; À Reação: Baseado na 3ª Lei de Newton. Descrição Número de motores em um avião: Monomotor/ monoreator 1 motor Bimotor/ bireatores 2 motores Trimotor/ trireatores 3 motores Quadrimotores/quadrireatores 4 motores Multimotores/ multireatores > 4 motores Quanto à Velocidade Obs.: Velocidade do som = 340 m/s ou 1.216 Km/h. Controladores de vôo: Mecanismo que movimenta as superfícies primárias de controle do avião. Comando Superf. primárias de comando Nome do movimento Eixo do movimento Manche Para frente / Para trás Profundor ou Leme de profundidade Arfagem ou Tangagem: Cabrar (para cima) Picar (para baixo) Lateral ou transversal Manche Direita / Esquerda Ailerons Rolagem Rolamento Inclinação lateral Bancagem Longitudinal Pedais Direita / Esquerda Leme ou Leme de direção (e nariz do avião) Guinada Para a direita ou Para a esquerda Vertical *IMPORTANTE: Manche para a direita: a asa direita desce e a asa esquerda sobe; manche para a esquerda, a asa esquerda desce e a asa direita sobe. Dispositivos Hipersustentadores São capazes de aumentar consideravelmente o coeficiente de sustentação. Observações: A aeronave voa na atmosfera contendo fluídos gasosos: a temperatura, a densidade e a pressão destes fluídos podem afetar o vôo. Lei dos gases: 1ª – se aumentarmos a pressão de um gás a temperatura aumentará e a densidade aumentará. 2ª – se aumentarmos a temperatura de um gás a pressão aumentará e a densidade diminuirá. Eixos e movimentos: Forças Aerodinâmicas Em vôo, o ar escoa pela asa do avião na mesma quantia tanto pelo intradorso quanto pelo extradorso na mesma quantidade, mas a pressão diminui no extradorso por ter sua superfície mais curvada (e consequentemente a velocidade aumenta) mais que no intradorso que tem a superfície mais plana (aumentando a pressão estática) produzindo a: Resultante Aerodinâmica: força dirigida para cima (sustentação) e inclinada para trás (arrasto). Ângulo de ataque: é formado entre o vento relativo e a corda da asa (perfil assimétrico). Se for aumentado, a resultante aerodinâmica aumenta e o centro de pressão avança. Num perfil simétrico, aumentando o angulo de ataque a Resultante Aerodinâmica aumenta, mas o Centro de Pressão (CP) permanece no mesmo lugar. A sustentação é gerada pela diferença entre as pressões estáticas do extradorso e do intradorso da asa. Esta força é a Resultante Aerodinâmica (RA) e tem origem num ponto chamado Centro de Pressão (CP). As duas componentes da Resultante Aerodinâmica são: Sustentação (Lift) que é a componente vertical (90º com a corda) e o arrasto (Drag) que é a componente horizontal (prolongamento da corda). A seguir, um esquema das quatro forças da aerodinâmica, atuando na asa de um avião: Aos quatro elementos que atuam sobre uma aeronave em vôo, incluem-se (além da Sustentação e Arrasto): Peso (Weight) (empurra o avião para baixo) e Tração (Thrust) (motores – força que empurra o avião para frente). A única força existente é a Resultante aerodinâmica, D, L, W e T são apenas seus componentes. Vôo cruzeiro deverá ser o vôo nivelado com velocidade constante; Arrasto induzido está relacionado à sustentação; Arrasto parasita não está relacionado à sustentação. TRAÇÃO > ARRASTO (T > D): aceleração da aeronave; TRAÇÃO <>T < D): desaceleração da aeronave; TRAÇÃO = ARRASTO (T = D): aeronave em velocidade constante; SUSTENTAÇÃO > PESO (L > W): Avião sobe; SUSTENTAÇÃO <>L < W): Avião desce. SUSTENTAÇÃO = PESO (L = W): Altitude constante (reto e horizontal) Ângulos Ângulo de ataque (alfa): formado entre a corda da asa e o vento relativo (ou trajetória). Em baixas velocidades deve ser aumentado para aumentar a sustentação. Quando o vento relativo sopra na mesma direção da corda do aerofólio. Quando o ângulo de ataque é aumentado a sustentação também aumenta, até atingir um certo valor máximo. Isto ocorre quando o perfil atinge o ângulo crítico. Ultrapassado esse ângulo ocorre um turbilhonamento (estol), caindo bruscamente a sustentação e aumentando o arrasto rapidamente. É a perda súbita de sustentação, geralmente provocada por baixa velocidade ou ângulo de ataque exagerado. No exemplo, um estol profundo, onde os profundores (lemes de profundidade) perdem sua utilidade; Estabilidade Peso e Balanceamento Quando um avião é afastado da condição de equilíbrio, pode comportar-se de três diferentes maneiras: O avião comercial só voa se for estaticamente estável (condição básica). Mas não é o suficiente, o avião pode ainda ser dinamicamente estável, instável ou indiferente. A estabilidade é mantida pela empenagem, mas outros fatores influenciam: Ângulos de Diedro e enflechamento, quando positivos, aumentam a estabilidade lateral (oscilação da inclinação das asas) e direcional (oscilação do nariz para a direita e esquerda) do avião; e quando negativos as diminuem. O posicionamento do centro de gravidade também influencia na estabilidade longitudinal (oscilação do nariz para cima e para baixo) da aeronave. A estabilidade longitudinal é mais importante do que a lateral e a direcional, pois as forças horizontais são pequenas se comparadas com as forças verticais aplicadas à aeronave. CP (Centro de Pressão): posição onde há a concentração da força de sustentação – é onde se baseia a Resultante Aerodinâmica CG (Centro de Gravidade) ou baricentro de um corpo: é o ponto onde pode ser considerada a aplicação da força de gravidade de todo corpo. Ao se suspender tal corpo pelo CG ele apresentará equilíbrio. É no CG que os 3 eixos se cruzam. Ele é medido em % da Corda Média Aerodinâmica. CMA (Corda Média Aerodinâmica): tamanho de corda existente na asa usado como referência nos cálculos de peso e balanceamento. Independente de seu tamanho, a CMA será expressa de 0% a 100%. Deslocamento do CG: o CG (1) pode ser movido (por pax, carga, etc.), mas sempre ficará à frente do CP (2) (Centro de Pressão), produzindo um momento de picada (nariz para baixo) anulado pela sustentação negativa do estabilizador horizontal (3). Balanceamento: como numa balança, usando o CP (2) como ponto de apoio, de um lado o peso é o CG (1) e do outro, a sustentação negativa do estabilizador horizontal (3). Em uma balança os pesos têm a mesma distância do ponto de apoio. Porém, na aeronave, o CP e estabilizador têm distância fixa entre si (varia-se então, a força aplicada em função do peso da aeronave e distância do CG ao CP). Exemplo: Peso (CG) = 100 toneladas (valor variável) Distância do CG ao CP = 2m (valor variável, pois depende da distribuição da carga, pax e combustível). Distância do CP ao Estabilizador Horizontal = 10m (valor fixo) Força necessária para equilibrar o avião através da variação do ângulo de inclinação do estabilizador horizontal = ? 100.2=10x => 200=10x => X=200:10 => X=20 toneladas Limites do CG: toda aeronave possui um envelope aerodinâmico que apresenta limites de peso e posição máxima dianteira e traseira do CG. Estes limites nunca poderão ser ultrapassados. Sistemas Diversos Hidráulico: Conjunto de partes destinadas a acionar componentes através da pressão transmitida por um fluido. Nos grandes aviões é utilizado para acionar superfícies de controle, recolher o trem de pouso e etc. Elétrico: Formado por motores elétricos, contatos, cabos, etc. Pneumático: É destinado a acionar componentes mecanicamente através da energia do ar sob pressão. Iluminação Externa: A sinalização destinada à segurança do vôo. Ciência que estuda a atmosfera, suas atividades e seus fenômenos (nesse caso, fenômeno é qualquer variação ocorrida nos elementos da natureza). Início: com a invenção do Termômetro (Galileu Galilei - 1.590) e do Barômetro (Torricelli - 1.643). A Organização Mundial de Meteorologia (OMM) é sucessora da Organização Meteorológica Internacional, criada em 1873, com o intuito de unificar o sistema então muito mesclado de pesquisas meteorológicas mundial. É interligado à ONU. A Atmosfera Terrestre É a camada gasosa que envolve a Terra e gira com ela (gravidade mantém-na presa à Terra – a massa gasosa é maior entre os primeiros 6000m) no espaço. É incolor e inodora, tendo como função principal a filtragem seletiva da radiação solar através da absorção, difusão e reflexão. Albedo: É a reflexão do brilho solar. Será mais intenso na neve e topo das nuvens (quanto mais clara for a superfície, mais forte será a reflexão). Logo, o Albedo será nulo nas regiões escuras (florestas) e será totalmente refletido (100%) na água. O que ultrapassa essa reflexão, chamamos de Insolação. Hidrometeoros: Partículas de água em suspensão que trará à atmosfera cor azul (alto teor de umidade); Litometeoros: Partículas sólidas de microorganismos em suspensão, que trará à atmosfera a cor avermelhada (baixo teor de umidade). Quando há a presença de poeira ou areia em suspensão, a coloração será dourada ou amarelada. Camadas da Atmosfera TROPOSfera (atmosfera + próxima dos Trópicos) (atmosfera baixa): é onde ocorre a maioria dos fenômenos meteorológicos. É a camada mais próxima da superfície da Terra e possui maior densidade do ar. Possui como propriedade a reflexão ("manda energia para o alto"). A temperatura é variável (cai 2 °C a cada 1.000ft). É oval: tem de 7 a 9 km nos pólos e 17 a 19 km no equador. TropoPAUSA: tem de 3 a 5 km e tem como propriedade a isotermia (temperatura constante - PAUSA) em -56,5 ºC. ESTRATOsfera (camada): possui como propriedade e difusão da luz solar. Tem aprox. 70 km e, entre 25 e 50 km, há uma grande concentração de ozônio camada de ozônio (ozonosfera) – que absorve raios UV. IONosfera: camada ionizada (boa condutora de eletricidade) é onde começa a radiação solar e filtragem de raios x, gama e ultravioleta. EXOSfera (externa): a última camada que se confunde com o espaço. É rarefeita e não filtra a radiação eletromagnética solar. Composição da Atmosfera: Ar Seco: 78% de Nitrogênio, 21% de Oxigênio e 1% de outros gases. Ar Saturado: 75% de nitrogênio, 20% de oxigênio, 1% de outros gases e 4% de vapor d'água; Atmosfera Padrão (ISA – ICAO Standard Atmosphere) Atmosfera de referência. O ar é considerado puro e seco*; Temperaturas ISA Temperatura ao MSL: 15º C* ou 59º F; GVT: 0,65 ºC / 100 m ou 2º C / 1.000 ft*; Temp. na tropopausa: -56,5 °C Pressão ISA: Tradução: Pressão ao MSL: 1.013,25 hPa*, 29,29 polHg ou 760 mmHg*; Pressão, ao MMN: 1.013,25 hecto Pascal 29,29 polegadas de mercúrio ou 760 milímetros de mercúrio GB: 1 hPa / 30 ft* = 1hPa / 9m ou 1 polHg / 1000ft = 1 polHg / 300m Gradiente Vertical Bárico: 1 hecto Pascal para cada 30 pés; 1 hecto Pascal para cada 9 metros; ou 1 polegada de mercúrio para cada mil pés; 1 polegada de mercúrio p/ cada 300 metros. Densidade Padrão a MSL (NMM) = 1,225 g/m3 de ar* Velocidade do som a (NMM) = 340 m/s* Obs.: Altura é a distância vertical entre um ponto e o terreno. Altitude é a distância vertical entre um ponto e o MSL (MMN); Nível de vôo ou FL (Flight Level) é o plano paralelo ao MSL (NMM); Barógrafo: leitura e registro (baro = pressão / grafo = escrever); Barômetro: leitura momentânea da pressão; (metro = medir). A Água na atmosfera Umidade do Ar (quantidade de vapor d'água no ar). Está presente na atmosfera nos estados líquido (nuvens), sólido (granizo, neve) e gasoso (em suspensão no ar). Vapor d’água Não é integrante do padrão ISA. Ele absorve parte da radiação infravermelha do sol, evitando superaquecimento da Terra. Ar seco: 0% de vapor d’água (ISA); Ar Saturado: 4% de vapor d’água; Ar úmido: mais de 0% e menos de 4% de vapor d’água no ar. Unidade Relativa: comparação do vapor d'água com a umidade retida na superfície (valor de saturação equivalente a 100%). Quanto maior a temperatura, menor a umidade relativa; Umidade Absoluta: quantidade de vapor d'água em um volume de ar (valor de saturação equivalente a 4%) e, quanto maior a temperatura, maior a umidade absoluta. Umidade Relativa x Umidade Absoluta: 100% x 4% 50% x 2% 75% x 3% 25% x 1%. Abaixo de 25% (de umidade relativa) é considerada umidade desértica. Hidrometeoros: todos os meteoros aquosos. Sistemas de Pressão Sistemas Fechados: Associados ao mau tempo onde o ar quente provoca a instabilidade do ar, turbulência, e possui comportamento convergente (flui de fora para dentro); O comportamento do ar será divergente (flui de dentro para fora). Sistemas Abertos: Calor e Temperatura Calor: Energia manifestada pela maior agitação entre as moléculas que compõe a matéria. Temperatura: Quantidade de calor em um volume de ar. Gradiente Térmico Positivo: Decréscimo da temperatura em altitude. Gradiente Térmico Negativo: Elevação da temperatura em altitude (inversão térmica). Gradiente Térmico Nulo: Igualdade de temperatura em altitude (constância térmica ou isotermia). Processos de Propagação do Calor Radiação Solar: Aquecimento da Terra durante o dia. Radiação Terrestre: Resfriamento da Terra durante a noite. Advecção: Transporte do calor na horizontal. Convecção: Transporte do calor na vertical. Condução: Condução de calor entre os corpos (molécula para molécula). Relação Temperatura / Altitude: Pressão Atmosférica: É estática, está sempre presente, é homogênea, decresce em altitude e exerce força por todos os lados. Ar Frio: Aumenta a pressão, diminui a temperatura, diminui a umidade e aumenta a densidade. Ar Quente: Diminui a pressão, aumenta a temperatura, aumenta a umidade e diminui a densidade. Ventos Deslocamento horizontal do ar por diferenças de pressões, fluindo sempre de uma alta para uma baixa pressão (veja abaixo – G). Quando o vento flui pelo movimento horizontal temos advecção e quando movimenta-se verticalmente (correntes) temos convecção. Quando aquecido, o ar se expande e apresenta densidade menor. Por ter menor peso, o ar menos denso apresenta pressão atmosférica mais baixa. Este ar quente tende a se elevar (corrente ascendente, convectiva ou térmica). O ar mais frio (que apresenta maior pressão atmosférica) tende a fluir horizontalmente na direção da região onde o aresta mais aquecido e com pressão mais baixa (corrente descendente). Vento calmo: quando há o equilíbrio entre pressão alta e baixa. Ar estável: não apresenta movimentação vertical; Ventos superiores: afetam o raio da ação do vôo, velocidade e rumo do avião. Ar instável: apresenta movimentação vertical (instabilidade); Características do Vento: Direção: de onde "vem", é dada a cada 10° inteiros (010-360°) no sentido horário e partindo do Norte verdadeiro. Velocidade: é dada em Kt (knots - nós) (o aparelho que mede a velocidade do vento é o anemômetro e a orientação quanto sua direção e velocidade são dadas pela biruta) Caráter: pode ser constante e não-constante (rajada, caracterizada pela velocidade de 10 Kt ou mais em um período de 20 segundos ou mais). Forças que Atuam no Vento (G) Gradiente de Pressão: diferenças de pressões entre dois volumes de ar; Coriólis: Força defletora / divergente devido à rotação da Terra (no hemisfério sul deflete para a esquerda e no hemisfério norte deflete para a direita); Centrífuga: Movimento de rotação da Terra de dentro para fora; Atrito: Desvio dos ventos devido a obstáculos. Circulação Geral dos Ventos: Circulação Superior (Vento Geostrófico): Ventos fortes acima da camada de fricção (inferiores), com velocidade mínima de 50 Kt e provocam CAT (clear air turbulence). Serve para planejar vôos e constam nas cartas de ventos. Circulação Inferior (ventos de superfície): sopram a até 100 metros de altura (afetam o pouso de decolagem do avião); Circulação Secundária dos Ventos Inferiores: Efeitos do Vento sobre as Aeronaves: Vento de proa, de través e de cauda. Nuvens São condensações oi sublimações do vapor d'água acima de 30m (1.000 ft) (abaixo disso: nevoeiro). Esta saturação pode ser obtida por dois processos: acréscimo de vapor d'água e resfriamento do ar. 3 condições: As partículas são sustentadas por correntes de ar ascendentes. Processo de Formação das Nuvens Convecção: forma nuvens pela ascensão do ar em correntes ascendentes (nuvens cumuliformes). Advecção: forma nuvens pelo resfriamento do ar (diferença de temperatura e umidade em fluxos de ar superpostos), provocado pelo movimento dos ventos. (cumuliformes em ar instável – associando as estratiformes também em ar instável) Orográficas: ocorrem por barlavento das montanhas (lado das montanhas onde sopra o vento), devido à elevação do ar ao longo das encostas. Dinâmicas: elevação do ar, ao longo da rampa frontal (nas frentes). Formam-se em linhas de instabilidade (convergência de ventos). (nuvens frontais) Radiação: forma nuvens pela perda de calor na Terra, devido à radiação noturna (pôr-do-sol) (nevoeiro pela madrugada ou nuvens stratus). A radiação terrestre é mais intensa com céu claro e é típica de latitudes médias no outono e inverno (interdição dos aeroportos). Obs.: Topo: distância de onde a nuvem termina (em cima) até o solo. Base: distância de onde a nuvem começa a se formar (em baixo) até o solo. Teto: é a base da nuvem mais baixa que cobre mais da metade da abóbada celeste, podendo interferir no pouso e na decolagem das aeronaves. Classificação das nuvens Nuvens Baixas Nuvens Médias Nuvens Altas Têm de 30m (pois abaixo é considerado nevoeiro) até 2 km da superfície e possuem constituição líquida (gotículas de água). Todas podem produzir precipitações. Suas bases encontram-se de 02 a 4 km (pólos), 2 a 7 km (regiões temperadas) e 2 a 8 km (regiões tropicais e equatoriais). Sua constituição é mista (gotículas de água e cristais de gelo). Todas as nuvens que se encontram acima das médias. São sempre de estrutura sólida e não produzem precipitações. Cumuliformes: todas as cumulus (Sc, Cc, Ac, Cu*, Cb*). Formam-se em camadas descontínuas, em blocos isolados, pouca expansão horizontal, grande expansão vertical (ar instável), turbulência dentro e fora da nuvem. Precipitação com gotas grandes. Cirriformes: aparência fibrosa, estirada, às vezes granulada. Podem indicar ventos em grandes altitudes. Nuvens de Desenvolvimento Vertical*: bases em nível baixo, porém os topos podem atingir facilmente níveis médios e altos. Estratiformes: todas as Estratus (Cs, As, Ns, St). Formam-se em camadas contínuas, de grande extensão horizontal (ar estável), pouca espessura, sem turbulência. Precipitação de gotas pequenas. Pouco perigo para um vôo. Nevoeiros Constituídos por pequenas gotículas que flutuam no ar, reduz a visibilidade a menos de 1.000 metros. Para sua formação é necessário vento calmo ou fraco, umidade relativa do ar alta (97% a 100%) e grande número de núcleos de condensação. Nevoeiros de Massa de Ar Radiação: ocorre principalmente no inverno. Necessitam de céu claro, radiação terrestre, vento calmo ou fraco e umidade relativa entre 70% e 100%. Advecção: Fluxo do ar na horizontal em contraste com a superfície podendo ser vapor (fluxo de ar resfriado sobre a superfície aquecida - pântanos e rios), marítimo (forma-se sobre os mares e oceanos ao receberem ar aquecido sobre superfícies resfriadas) e orográfico (ocorre nas encostas de serras e montanhas). Glacial: forma-se nas regiões polares com temperaturas abaixo de -30 °C; Nevoeiros Frontais Pré-Frontais: Ocorre antes da passagem de uma frente quente. Pós-Frontais: Ocorre após a passagem de uma frente fria. Névoas Névoa Seca: grande quantidade de partículas sólidas (sais, poluição, etc.). Visibilidade igual ou superior a 1.000 metros e umidade relativa inferior a 80%; Névoa Úmida: o vapor se condensa em torno das partículas sólidas em suspensão. Visibilidade igual ou superior a 1.000 metros e umidade relativa igual ou superior a 80%. Restrição à visibilidade Visibilidade Umidade Relativa Fenômeno Inferior a 1000m 97 a 100% Nevoeiro Igual / superior a 1000m Igual / superior a 80% Névoa úmida Igual / superior a 1000m Inferior a 80% Névoa seca Inferior a 1000m Inferior a 80% Fumaça Inferior a 1000m Inferior a 80% Poeira Turbulência Agitação do ar no sentido vertical e ocorre com maior frequência nas nuvens cumuliformes. Podem ser: leve, moderada, forte e severa. Massas de Ar: Grandes volumes que apresentam as mesmas características de pressão, temperatura e umidade no sentido horizontal em uma determinada área. Características das Massas de Ar Massa Fria: Quando o ar está se deslocando sobe uma superfície mais quente o ar aquecido tenderá a subir, tornando-se instável. Teremos nuvens cumuliformes, precipitações em formas de pancadas, turbulência e visibilidade boa fora das áreas de precipitação. Massa Quente: Quando o ar está se deslocando sobre uma superfície mais fria o ar resfriado ficará mais denso e estável. Teremos nuvens estratiformes e precipitação leve, visibilidade restrita por névoas e nevoeiros. As massas quentes (baixas pressões) terão origem na latitude tropical e equatoriana; As massas frias terão origem nas latitudes ártica e antártica; Nas latitudes temperadas não haverá formação de massa de ar, pois não terá temperatura, pressão e umidade constante; Na latitude equatorial se conserva mais calor, pois a massa de ar é mais quente; Quanto à natureza podem ser marítima (formam-se sobre os oceanos), continental (formam-se sobre os continentes) ou equatorial (formando-se próximo ao Equador). Frente: É uma estreita região que separa duas massas de ar (quando uma massa de ar se desloca, o seu limite dianteiro é chamado de frente – o encontro de duas frentes é chamado de superfície frontal) As frentes ocorrem sempre em centros de alta pressão e provocam, nos encontros, grandes fenômenos. Frontogênese: início de formação de frente; Frontólise: fim de frente (dissipação ou enfraquecimento). Frente Fria: vem dos pólos, avança sobre uma superfície mais quente (o ar frio empurra o quente para o Equador). No setor pré-frontal (o que ela “empurra”), apresentam-se nuvens cirrus e cirrustratus, aumento de temperatura, diminuição de pressão atmosférica e vento a NW (noroeste). No nevoeiro (setor) pós-frontal, encontram-se temperatura baixa, aumento da pressão atmosférica e vento em SW (sudoeste) (hemisfério Norte: noroeste-sudeste). A frente fria é instável, forma nuvens cumuliformes e pancadas. Frente Quente: empurra a frente fria de volta para os pólos. Na passagem (deslocamento) da frente quente, a temperatura aumenta e a pressão diminui. São mais estáveis (+lentas), tem visibilidade restrita (nebulosidade estratiforme). Neste caso, os movimentos da temperatura e da pressão serão contrários: o deslocamento da frente quente será de noroeste (NW) para sudeste (SE). Massa quente => frente quente / massa fria => frente fria. Frente Estacionária: Uma frente fria ou quente que parou seu deslocamento. Equilíbrio entre 2 volumes de ar (quente e frio), provocando chuvas leves e contínuas. Frente Oclusa: Choque / encontro de massas de ar com densidades diferentes provocando chuvas fortes e tempestades. Trovoadas Conjunto de fenômenos resultantes da manifestação ao redor ou interior da(s) nuvem(ns) cumulunimbus (CB). É a fase mais perigosa para a aviação. Tipos de Trovoadas Trovoadas de Massa de Ar: Formam-se isoladas ou esparsas. Convectivas (térmicas): formam-se por convecção – ocorrem no verão sobre o continente e sobre o oceano no inverno; Advectivas (noturnas): formadas por advecção; Orográficas: formadas a barlavento (de onde e para onde sopra o vento – no caso, para cima) das montanhas, onde o ar quente e úmido é formado a subir ao longo das encostas. Este tipo é semi-estacionário. Trovoadas Frontais ou Dinâmicas: Associadas com as frentes (sob influências intertropicais) elas se formam em linha (de instabilidade), ao longo das rampas frontais (verdadeiras paredes dos CBs – nas convergências de densidade de ar diferentes), e são bastante baixas e intensas. Formação de Gelo em Aeronaves O gelo altera o perfil aerodinâmico da aeronave: reduz a potência, diminui a sustentação, afeta instrumentos, aumenta o consumo e o peso da aeronave (bordos de ataque e pára-brisa + prejudicados). Condições para sua formação: umidade, temperatura da estrutura do avião abaixo de 0 °C (temperatura mais favorável: -10 °C a 0 °C). Tipos de Gelo Claro, Transparente, Liso ou Cristal: É o mais perigoso, pois adere com facilidade e é difícil de ser removido (formado por gotas grandes). Predomina em ar instável (cumulus [CU] e cumulunimbus [CB]), na faixa de temperatura entre -10º C e 0ºC. Opaco, Amorfo ou Escarcha: Formado por minúsculos cristais de gelo (aspecto granuloso). É de fácil remoção (mais leve e menos aderente). Ocorre em ar instável (nuvens estratiformes) na faixa de temperatura abaixo de -10 ºC (em nuvens cumuliformes, na faixa de temperatura entre -20 ºC e -10 ºC). Geada: Restringe a visibilidade na hora do pouso (quando formada na aeronave – bordo de ataque, pára-brisa e janelas). Misto: combinação de gelo claro e escarcha. Ocorre em ar instável com temperaturas entre -20 °C e -11 °C. Temperaturas Ar instável ou condicionalmente instável Ar estável ou condicionalmente estável Até 0 °C Não forma gelo Não forma gelo -10 °C a 0 °C Gelo claro Gelo escarcha -20 °C a -10 °C Gelo misto Gelo escarcha -21 °C a -40 °C Gelo escarcha Gelo escarcha Nomenclaturas utilizadas bar: 76,00617 centímetros de mercúrio. Equivale a 100.000 Pa °C: grau Celsius: cada °C equivale a 33.8 °F °F: grau Fahrenheit: cada °F equivale a -17,22222 °C GVT: Gradiente Vertical Térmico (quanto + altitude, – temperatura) GB: Gradiente Vertical Bárico (quanto + altitude, – pressão) hPa: hecto Pascal (equivale a força de 1 N (Newton) aplicada sobre uma superfície de 1m2) Kg (Quilograma): Equivale a 2,2Lb (Libra) km: quilômetro: 1000m (3280.8399 Ft.) Kt: (nós) cada nó equivale a: 1,852 km/h, 1,15 mi/h ou 1 NM/h. m: metro (100 cm). Cada metro equivale a 3.28 Ft. mi: milha (equivale a 5.280 pés ou 1.480m) mmHg: milímetro de mercúrio (equivale a 133,322 Pa) MSL: ao nível médio do mar (Media Sea Level) MT (Milha Terrestre ou Statue Mile – ST): equivale a 1609m NM: (Nautical Mile) Milha Náutica. Equivale a 1852m (milha náutica marítima) e 1609m (milha náutica terrestre). NMM: Nível Médio do Mar pol: Polegada polHg: polegadas de mercúrio Ft.: (Feet ) pés. Cada Ft. equivale a 0.3048m (30.48cm) UV: raios Ultra-Violeta U.S.Gal = 3,78 litros Ato de guiar um meio de transporte por uma rota determinada (ar, água ou terra) de um ponto a outro na superfície terrestre. As coordenadas geográficas servem para o auxílio de marcação de posição em uma rota. Parâmetros da Navegação Aérea A Terra Forma, diâmetros, eixo, pólos e movimentos A terra é achatada (43 km maior na linha do equador), mas para efeitos de navegação é considerada uma esfera (perfeita). A Terra gira em torno de um eixo imaginário que liga os pólos Norte e Sul verdadeiros, num movimento (de Oeste para Este) que chamamos de rotação. Círculo máximo: são todos os planos imaginários que cruzam o centro da Terra, dividindo-a em duas partes iguais. O Equador é um círculo máximo, pois divide a Terra em dois hemisférios: Norte e Sul. Círculo menor: é todo círculo que não passa pelo centro da Terra (não a divide em duas partes iguais). Paralelos ou Paralelos de latitude: são círculos menores paralelos ao Equador. Meridianos: são semicírculos máximos que unem os pólos Norte e Sul (dá a idéia de gomos de uma laranja). Meridiano de Greenwich, zero, de origem, primário ou primeiro meridiano: divide a Terra em dois hemisférios: oriental (a este / à direita de Greenwich) e ocidental (a oeste / à esquerda). Passa pelo laboratório naval de Greenwich – Inglaterra. Antimeridiano: é o meridiano oposto considerado (o arco que se distancia a 180° e completa a divisão da Terra com o arco principal considerado). A LIMD (Linha Internacional de Mudança de Data) fica no antimeridiano do Meridiano de Greenwich. Sistemas de coordenadas geográficas Latitude: é a distãncia angular contada a partir do equador para o Norte ou para o Sul, até um ponto considerado (arco de meridiano compreendido entre o Equador e um ponto considerado na superfície da Terra), é contado a partir do Equador (latitude 00°) até 90°N (Norte) ou 90°S (Sul). Exemplo de cálculo: 89º 22' 14' ' - 71º 22' 14'' N = 18º 00' 00'' = 17º 59' 60''. Longitude: é a distância angular contada a partir do meridiano de Greenwich para Este ou Oeste até um pondo considerado (arco de equador compreendido entre o Meridiano de Greenwich e o meridiano que contém o ponto considerado na superfície da Terra). É contada a partir do Meridiano de Greenwich (longitude 000°) até 180°E (Leste) ou 180°W (Oeste). Arco, grau, escala de distância e convergência dos meridianos 1° = 60NM = 60’ (1NM = 1’) Cada grau de latitude (que é medido sobre um meridiano) corresponde a 60NM e cada grau de longitude (medido sobre a linha do Equador) também corresponde a 60NM. Se esta medida for feita em um paralelo (círculos menores), 1° não será igual a 60NM devido à convergência dos meridianos para os pólos. Nas cartas aeronáuticas as medidas são sempre feitas sobre um meridiano. Co-latitude: complemento da latitude do ponto considerado na superfície da Terra (o que falta para 90°) – ou medida angular contada a partir do ponto considerado – até o pólo Norte ou Sul (dependendo do hemisfério onde se encontra tal ponto). Plotagem (localizar uma posição) e identificação de pontos: A plotagem de um ponto numa carta aeronáutica (através de uma coordenada geográfica) é feita pela interseção (cruzamento) do paralelo de latitude (correspondente ao valor da latitude do ponto) e do meridiano (correspondente ao valor da longitude) do ponto. Exemplos de cálculos: 180º - 027º E = 153º W; 179º 60' - 115º 20' W = 064º 40' E; 179º 59' 60'' - 084º 22' 14'' W = 095º 37' 46'' E. Exemplo de cálculo da co-latitude da coordenada geográfica: 36º 20' 15'' N (primeiro grupo => latitude => 00º até 90º N e S) / 077º 18' 44'' W (segundo grupo => longitude => 000º até 180º E e W). Logo: Co-latitude = Latitude informada menos 90º (N => N e S => S); Anti-meridiano = Longitude menos 180º (W => E e E => W). Assim: 89º 59' 60'' - 36º 20' 15'' N = 53º 39' 45'' N; 179º 59' 60'' - 077º 18' 44'' W = 102º 41' 16'' E. Orientação sobre a Terra: Rosa dos ventos Apresenta as direções a partir de 000° a 360° (sentido Norte): Pontos cardeais: Pontos colaterais: Subcolaterais: N (Norte) 000° ou 360° S (Sul) 180° E (Este ou Leste) 090° W (Oeste) 270° NE (Nordeste) 045° SE (Sudeste) 135° SW (Sudoeste) 225° NW (Noroeste) 315° NNE (Nor-Nordeste) ENE (Este-Nordeste) ESE (Este-Sudeste) SSE (Su-Sudeste) SSW (Su-sudoeste) WSW (Oeste-Sudeste) WNW (Oeste-Noroeste) NNW (Nor-Noroeste). As direções são contadas a partir de N (000°) ou meridiano terrestre no sentido horário. Podemos dividir o círculo da rosa dos ventos em 4 partes. 1º Quadrante: 000° a 090° N/E 2º Quadrante: 090° a 180° E/S 3º Quadrante: 180° a 270° S/W 4º Quadrante: 270° a 360° W/N As posições 360º, 270º, 180º e 90º não pertencem aos quadrantes porque são a expressão do próprio ponto cardeal. Magnetismo terrestre Teoria do Dínamo: O movimento ao redor do núcleo da Terra gera magnetismo. Os pólos magnéticos da Terra se encontram nos extremos Norte e Sul da Terra, porém não coincidem perfeitamente com os pólos geográficos (verdadeiros). O pólo Norte magnético se encontra sob as coordenadas: 73°N / 100°W e o pólo Sul magnético: 68°S / 144°E. Declinação Magnética: É o ângulo formado entre o norte verdadeiro e o norte magnético. Dicas para testes: "Magnético na pergunta => Magnético na resposta"; "Verdadeiro na pergunta => Verdadeiro na resposta"; Verdadeiro Magnético na pergunta => Declinação Magnética na resposta". Meridiano Magnético e Meridiano Verdadeiro nunca se misturam, mas podem ficar um em cima do outro. Ou seja, não existe ângulo entre os mesmos. Linha Isogônica: são linhas formadas por pontos na superfície terrestre com a mesma declinação magnética e são representadas em uma carta aeronáutica por uma linha tracejada seguida do valor da declinação. Linha Agônica: Linhas que unem pontos de declinação magnética nula (de valor zero) e são representadas em uma carta aeronáutica por uma linha tracejada dupla seguida da palavra "No Variation". Bússola: Indica o Norte Magnético. Não serve nas regiões polares. Desvios de Bússola (D): Pode ocorrer através de um campo elétrico, magnético, etc.; Pode ser Erro/Desvio Estrutural ou Erro/Desvio Instrumental. A bússola é instalada na coluna central do pára-brisa (ou afastada dos equipamentos eletrônicos do avião para diminuir as chances de desvio) e é fixa através de parafusos especiais (parafusos equilibradores) que eliminam o erro/desvio instrumental. O erro da bússola pode ser no máximo de 0º até 5º (após isso, torna-se inútil). Componente horizontal da bússola: é a força que faz com que a agulha da bússola aponte para norte/sul magnéticos. É máxima no Equador magnético. Componente vertical da bússola (Magnetic Dip): é a força da agulha de uma bússola magnética que causa inclinação magnética. É máxima nos pólos. O Equador magnético uma linha irregular onde a componente horizontal da bússola é máxima e a componente vertical é mínima. Rumos e proas Rota: Caminho a ser percorrido ou a percorrer pela aeronave. Rumo: Direção a ser seguida pela aeronave (ângulo formado entre o norte verdadeiro/magnético [por um meridiano] e a linha de rota). Rota ortodrômica: corta os meridianos em ângulos diferentes (se a Terra apresenta os paralelos “curvados”, a aeronave segue “reta” pelos paralelos, por exemplo). Rota loxodrômica: corta os meridianos em ângulos iguais. Rota e Rumo: Definidos em solo através da carta aeronáutica. Proa: Direção voada no movimento (sempre em vôo) pela aeronave corrigida pela ação do vento (ângulo formado pelo norte verdadeiro/magnético [por um meridiano] e o eixo longitudinal da aeronave). Ângulo de correção de deriva Manter uma proa diferente para corrigir algum vento (transversal, por exemplo) (voa inclinado, meio de lado). Quando não existe vento ou vento calmo temos proa = rumo; Com o vento atuando de esquerda, deve-se colocar a direção do eixo longitudinal do lado do vento (a proa será menor que o rumo); Com o vento atuando de direita a proa será maior que o rumo; Com o vento pela frente (vento de proa) e o vento por trás (vento de cauda), temos proa = rumo. Fusos Horários Dia solar: espaço de tempo entre dois sucessivos trânsitos do Sol pelo mesmo meridiano (24h). Movimento aparente: o movimento terrestre (oeste para este) faz com que o sol pareça vir de este para oeste. Na terra, observa-se que o sol nasce no este e se pões no oeste. A Terra é dividida em 24 faixas (como mostra a ilustração anterior) com 15° de longitude cada. Dentro de cada faixa é adotada a mesma hora para todas as cidades (chamamos de Hora Legal – [HLE] ou oficial). HLE (hora legal): Estabelecida pelas leis do país (HLE Brasil = Horário de Brasília). HLO (hora local): Hora computada a cada meridiano pela posição do sol (impossível de se navegar com esse tipo de hora, visto que se torna conflituoso). Campo Grande (HLO = 13:00 e HLE = 14:00) São Paulo (HLO = 13:00 e HLE = 13:00). UTC - Universal Time Coordinated (hora mundial): Para evitar conflitos entre países, todos na aviação utilizam esta hora como padrão. Ela é indicada no meridiano de Greenwich, sendo assim, a Inglaterra é o único país do mundo com todas as horas (HLO = HLE = UTC) iguais. Deste modo, do ponto de partida para esquerda as horas diminuem e do ponto de partida para a direita as horas aumentam. Linha Internacional de mudança de data Apesar da UTC, a mudança de data localiza-se no antimeridiano do meridiano de Greenwich (meridiano 180°). Todos os dias começam lá pela primeira vez. Faixas de Fuso-Horário no Brasil: Fuso -2 (O): Fernando de Noronha e Trindade; Fuso -3 (P): 70% do território brasileiro; Fuso -4 (Q): Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Amazonas; Fuso -5 (R): Acre. Para a prova da ANAC, o Brasil possui 4 faixas de fuso-horário. Atualmente, por decreto do presidente Lula, o Acre está na faixa de Nº 4. Ou seja, possuímos 3 faixas de fuso-horário. Exemplo: UTC = 10:00; HLE = 07:00 (Brasília); HLO = 06:00 (Cuiabá) e 05:00 (Rio Branco). Cálculos (encontrar o número da faixa de fuso) Greenwich = 10:00 e Longitude 126º E => 126 / 15 = 8,4 = Faixa Nº 8. Logo, 18:00. Greenwich = 10:00 e Longitude = 144º W => 144 / 15 = 9,6 = Faixa Nº 10. Logo, 00:00. Greenwich = 06:00 (20/01) e Longitude 121º E => 121 / 15 = 8,06 = Faixa nº 8. Logo, 14:00 (20/01). Greenwich = 06:00 (20/01) e Longitude 162 W => 162 / 15 = 10,8 = Faixa Nº 11. Logo, 19:00 (19/01). Obs: 1 NM = 1.852 metros. Logo, 1º 27'' = 60 NM + 27 NM = 87 NM = 161.127 metros. 1.000 feet (pés) = 300 metros. Diferença de Latitude (DL ou DLA): ângulo definido pelo arco de Meridiano que une os paralelos dos pontos dados. Imagine que você tem 2 paralelos: LATITUDE 70ºN e LATITUDE 30ºN. Qual a DLA desse 2 pontos? Hemisférios iguais: Subtrai: 70º-30º = 40º Para Hemisférios diferentes: Soma: 70ºN e 30ºS = 100º. ATENÇÃO: NÃO COLOCA-SE HEMISFÉRIO EM DLA, pois é apenas um valor em graus (descobre a diferença). Latitude Média (LM). (Média: soma dos valores dividida pela quantidade dos valores) Quando as Latitudes estão em hemisférios iguais, somam-se as latitudes e Divide por 2. Para Hemisférios Diferentes, Subtrai as latitudes e divide por 2. ATENÇÃO, É DIFERENTE DA REGRA DE DLA. Para LM, lembres-se que mantém o sinal da maior Latitude. Para LONGITUDE, basicamente, respeita-se a mesma Regra, Calculo de DLO é igual à DLA, e LM é igual LOM. Mas tem uma exceção Se formos calcular DLO e for com Longitudes em hemisférios Diferentes temos que verificar a DLO. Lembra que DLO, assim como DLA para hemisférios diferentes, nós somamos as LONGITUDES, então, se a DLO, ou seja, a soma das Longitudes for maior que 180º. Então para achar a DLO correta, deve-se subtrair a DLO de 360º, exemplo: Lon 100ºW e 160ºE. Somando, temos 260º. Como 260 é maior que 180º, então, a DLO correta será 360º - 260º = 100º. Isso porque a teoria de DLO é o MENOR arco de Latitude que liga os meridianos de Longitude passados para cálculo. Sendo assim, é mais perto correr 100º no globo terrestre que 260º. Para calculo da Média de Longitude, essa mesma exceção é válida: Por isso vai a dica quando for achar a LOM de 2 pontos, ache primeiro a DLO, se for menor que 180º, perfeito, subtrair o maior do menor e dividir por 2. Porém se a DLO for maior que 180º, temos que fazer o seguinte: Achar a DLO, que já teremos pois sabemos que é maior que 180º, Subtrair a DLO de 360º, Dividir por 2 e somar à MENOR Longitude. Exemplo 100ºW e 110ºE: DLO = 100º + 110º = 210º. Como 210º é maior que 180, então: 360º - 210º = 150º. Agora divida por 2, ou seja, 150º / 2 = 75º. E por fim, some à MENOR Longitude 75º + 100 = 175º E ATENÇÃO ASSIM COMO LATITUDE MÉDIA, LONGITUDE MÉDIA TEM HEMISFÉRIO, mantém-se o hemisfério da maior Longitude.
Volume: largura x comprimento x altura;
Para ser considerada asa, é obrigatório ter o extradorso convexo.
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Há 5 semanas
6 comentários:
Com essa materia de aerodinamica e meteorologia sabe se da para fazer a banca da anac para pp? Gostei muito da materia,tem uma visualização muito boa e facil!!
Sim, é possível que se estude, inicialmente, para PP com a mesma matéria. Mas atente-se ao grau de dificuldade dos cálculos. Para PP você pode começar por esta explicação, mas deve respeitar os exercícios propostos para pilotos, que são mais complexos.
COmo que eu faço para calcular a distancia em milhas nauticas medida sobre um meridiano entre os paralelos de altitude 02º S e 04º N ?
não estou conseguindo.
obrigado
Tanto conteúdo bom com essa fonte horrorosa e em tamanho minúsculo!complicado assim hein?
Por favor me enviar esse resumo
Diemerson por favor me envia esses resumos o bloco || bloco ||| e bloco |V
Ludianycomissariadebordo@gmail.com
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